tag:blogger.com,1999:blog-65100978663115382682023-11-15T09:04:38.886-08:00Blog do Grupo Nova PaideiaAssociação para Promoção de Ações e Projetos Interdisciplinares em Educação e PesquisaCláudio Nascimento Silvahttp://www.blogger.com/profile/08419617926984066877noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-49539373804417006212017-07-26T16:13:00.003-07:002017-07-26T16:13:50.183-07:00Texto 6 - Blog Nova Paideia<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O Grupo Nova Paideia tem a satisfação de contar com a participação da Professora
Maria do Rosário Cordeiro Rocha. Ela é Docente do Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB e Doutora em Linguística pela
Universidade de Brasília – UnB.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O texto intitulado como “A educação formal como estratégia de emancipação” busca nutrir a reflexão acerca de como a educação formal pode contribuir para a
emancipação do estudante.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Reitero o convite a todos para que possam realizar uma leitura
aprofundada de modo a refletirmos e debatermos via comentários deste Blog.
Afinal, é este o propósito deste Blog: Um espaço de debate qualificado que
impulsione nossas ideias no campo da educação.</div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "liberation serif" , serif; font-size: 12.0pt;">Estejam sempre convidados a produzirem textos para nossas
próximas publicações. Mande um e-mail com sua proposta para
blognovapaideia@gmail.com.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-59300097661500671842017-07-26T16:13:00.002-07:002017-07-26T16:13:42.347-07:00A educação formal como estratégia de emancipação<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> Muito se
tem falado de que a educação formal é o único meio de ascensão social para os
que não tiveram o privilégio de nascer em “berço de ouro”. É bem verdade que os exemplos dos que saíram
de condições degradantes e conseguiram subir os degraus da pirâmide social
comprovam que a escola constitui-se como espaço de possibilidades para os que a
frequentam. E a educação profissional, como se comporta entre essas
possibilidades?</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> A Lei de Diretrizes e Bases - LDB
(BRASIL, 1996), estabelece que a educação profissional deve se desenvolver de
forma sistematizada em instituições próprias ao ensino, considerando-a no
âmbito da educação escolar e articulada à formação básica, como educação
básica, conforme Resolução. Por essa razão, necessita ser acessível a todos os
brasileiros, promovendo-lhes a formação indispensável ao exercício da
cidadania, à participação efetiva nos contextos sociais e produtivos e o
prosseguimento na vida escolar.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> Entre as instituições que trabalham
com educação profissional, destacamos aqui o IFB, que tem como missão: </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;">Oferecer
ensino, pesquisa e extensão no âmbito da Educação Profissional e Tecnológica,
por meio da inovação, produção e difusão de conhecimentos, contribuindo para a
formação cidadã e o desenvolvimento sustentável, comprometidos com a dignidade
humana e a justiça social; </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> E cuja visão é: até
2018, consolidar-se no Distrito Federal como instituição pública de Educação
Profissional e Tecnológica de qualidade inclusiva e emancipatória, articulada
em rede e com a comunidade.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> Tanto a missão quanto a visão do IFB
estão em consonância com o disposto na LDB e com o pressuposto de que a
educação formal é realmente uma das estratégias para ascensão social, resta
saber se no microcosmo da sala de aula essa estratégia está sendo desenvolvida.
Tomamos como ponto de reflexão os cidadãos que retornam ao ambiente
institucional e manifestam, por meio de participação em um processo seletivo, o
desejo de cursar o ensino médio integrado ao curso técnico, ofertado pelo
Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica
na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA. São, na sua maioria,
pais e mães de família que, em decorrência das formas excludentes do ambiente escolar
ou por diversos outros fatores que a própria condição social lhes impõem,
abandonaram os estudos na idade própria e agora veem, nessa instituição, a
chance do retorno e abertura de novas possibilidades. </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> Trabalhar com esse grupo, com o
objetivo de promover a emancipação social, pressupõe reconhecer suas
especificidades, sobretudo, considerando seus saberes produzidos ao longo da
vida, por meio de suas experiências individuais e comunitárias. É indispensável
não culpabilizar esse sujeito por seus fracassos escolares e por suas
dificuldades ou responsabilizá-lo por seus insucessos na realização das
atividades acadêmicas. É indispensável reconhecer que o estudante tem direito à
aprendizagem e que, ao lado de um direito há um dever. Neste caso, dever da
instituição, considerando sua missão, sua visão e, ainda, seus valores:
Ética; Educação como bem público
gratuito e de qualidade; Formação
crítica, emancipatória e cidadã; Respeito à diversidade e à dignidade
humana; Promoção da inclusão.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> Negar isso tudo, é colocar esse
sujeito em uma sala de aula como expectador de discursos acadêmicos, de
conceitos incompreensíveis ou de temas completamente desvinculados de sua
realidade. Garantir o direito à aprendizagem exige formas próprias de educação
que correspondam às demandas de cada grupo, metodologias adequadas ao público,
adequações de linguagens. Nessa perspectiva, os “conteúdos” devem estimular
novas leituras, reflexões e pesquisas, proporcionar outros pontos de vista da
realidade, ampliar o repertório linguístico e comunicativo. </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> É primordial as práticas de leitura
de mundo e de escrita, com os textos que circulam na sociedade, discutindo sua
estrutura e seus propósitos. É fundamental considerar a matemática da vida,
seus usos e seus efeitos, as contas e os descontos de sua aplicação no
cotidiano. É indispensável a geografia, sobretudo, a social, o lugar que esse
sujeito ocupa, seu papel em uma sociedade atravessada pela cultura letrada. A
biologia deve ser compreendida em sua essência, como ciência da vida, não
apenas em seus conceitos, mas nos efeitos que seu conhecimento proporciona. A
filosofia deve ser o espaço para o pensar, para o trânsito entre o mundo das
ideias e o mundo real, por isso, mais do que discutir os filósofos é necessário
ampliar a visão dos estudantes sobre a sociedade em que estão inseridos. É
importante que a história sirva como fonte inspiradora para o reconhecimento da
constituição de cada sujeito histórico e social que está ali, com formação
humana e capaz de escrever uma nova trajetória em suas vidas. </span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"> Os conhecimentos gerais, portanto,
ganham sentido, na formação profissional
técnica desse sujeito que já está ou precisa ser inserido no Mundo do trabalho.
Assim, todos os conhecimentos construídos na formação escolar desse estudante convergem para a sua
emancipação social, política, econômica, tornando-o um cidadão cada vez mais
capaz de transitar nos diversos contextos.</span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;">Profa.
Dra. Maria do Rosário Cordeiro Rocha</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
</div>
<div align="right" class="MsoBodyText" style="line-height: 150%; text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; mso-bidi-font-family: FreeSans;">Instituto
Federal de Brasília – Campus Gama</span><o:p></o:p></div>
Unknownnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-73845359741621387102017-06-28T15:34:00.002-07:002017-06-28T15:34:47.671-07:00Texto 5 - Blog Nova Paideia<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="_gjdgxs"></a><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Referente a este mês de junho, o Grupo Nova
Paideia apresenta mais uma contribuição mensal. Trata-se de texto elaborado pelo professor do
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília, Mestre e Doutorando em
Educação pela UnB, Mateus Gianni Fonseca.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; text-indent: 35.4pt;">O
texto intitulado como “Por que ensinamos-aprendemos matemática?" busca argumentar como a matemática é abrangente e possui papel fundamental para resolver problemas oriundos de diferentes áreas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Reitero o convite a todos para que possam realizar uma leitura
aprofundada de modo a refletirmos e debatermos via comentários deste Blog.
Afinal, é este o propósito deste Blog: Um espaço de debate qualificado que
impulsione nossas ideias no campo da educação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Estejam sempre convidados a produzirem textos para nossas próximas
publicações. Mande um e-mail com sua proposta para blognovapaideia@gmail.com.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-49681429968270754932017-06-28T15:34:00.001-07:002017-06-28T15:34:42.548-07:00Por que ensinamos-aprendemos matemática?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Qual o propósito em ensinarmos e aprendermos
matemática? Ou melhor, por que ensinamos-aprendemos matemática nas escolas? Trata-se
de questionamento recorrente em meio ao dia a dia por diferentes atores
envolvidos no processo educacional. À primeira vista pode-se pensar tratar-se
de questionamento retórico, sem necessidade e sequer possibilidade de resposta
objetiva e imediata, contudo, podemos encará-lo como uma provocação que nos
guia a diversas reflexões acerca dessa área de saber, principalmente no momento
atual em que a cada dia surgem diante de nossos olhos estatísticas que mostram
o quanto o ensino de matemática, em especial o ensino de matemática brasileiro,
figura aquém do esperado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É sabido que a matemática está em todo lugar e
de que sem ela não teríamos computadores, televisores, comunicação a longa
distância, entre tantos outros avanços tecnológicos que nos beneficiam. Contudo,
o que muitos talvez sequer percebam é que a matemática pode fornecer subsídios para
a adoção de diferentes decisões pessoais e profissionais, afinal, a matemática
é mais do que apenas um corpo de sequências algorítmicas. Por isso, levantamos
a questão: Por quê ensinamos-aprendemos matemática na escola? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para responder à pergunta indicada no título, podemos
dizer genericamente que o ensino-aprendizagem da matemática na escola deve
cumprir uma função que vai além da preparação para o ingresso em um curso
superior ou de apenas realização de operações aritméticas. Deve auxiliar o
sujeito que aprende a melhor compreender e intervir no tocante a problemas
diversos, e que estão relacionados a diferentes naturezas, sejam algorítmicos
ou não, pessoais e/ou profissionais, individuais e/ou coletivos, pois a cada
tomada de decisão o trato com variáveis, a análise de probabilidades, a
observação de comportamentos e padrões, entre outros, se fazem necessários.
Efetuar uma operação e encontrar uma resposta correta é apenas uma fração da
utilidade que a matemática possui. Schoenfeld pontua que:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Eu quero que eles [os alunos] entendam que
a matemát</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">ica não é apenas dominar fatos e procedimentos,
mas que é também fazer questionamentos (problematizar) e, em seguida, buscar
respostas de forma fundamentada. As estratégias de resolução de problemas são
instrumentais para resolvê-los, percebendo os objetos matemáticos e suas
relações (SCHOENFELD, 2013, p. 27)</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-left: 4.0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ensinar-aprender matemática tem sido por muito
tempo uma tarefa baseada em repetições de exercícios e fórmulas e é a partir
disso que diferentes organizações e pesquisadores vêm defendendo um ensino
adequado às demandas que lhes são próprias do século XXI (P21, 2016; UNESCO, 2006;
KANHAI, SINGH, 2017). Habilidades como trabalho colaborativo, criatividade e
resolução de problemas são exemplos de habilidades que devem ser desenvolvidas
no ensino-aprendizagem da matemática. </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao que os achados indicam, o sujeito é levado,
ao longo da vida, quando diante de diferentes problemas, a mobilizar uma série
de conhecimentos já previamente construídos com o intuito de estruturar um
caminho válido e encontrar uma resposta adequada por meio de um rol de atitudes
e/ou habilidades como, por exemplo, elaboração de hipóteses, testes, cálculos e
verificação. No campo da psicologia, Sternberg (2006) define problema como algo
em que haja uma dificuldade em se reconhecer o objetivo, ou no qual o caminho
para se alcançar o objetivo não está de imediato evidenciado, sendo similar,
portanto, ao entendimento trazido pela OECD (2014) quanto ao que se espera por
competência em se resolver problemas como uma capacidade do “indivíduo em se
envolver em uma tarefa de compreensão e resolução de situações, ainda que um
método de solução não esteja momentaneamente disposto a ele” (OECD, 2014,
p.30). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há que se considerar que muitas pesquisas já
avançam na compreensão de que o ensino de matemática deve estimular o
raciocínio do estudante, seja por meio de problemas ou por dinâmicas outras que
atribuam significado àquilo que deve ser aprendido por aquele que aprende. Vale
citar que Fonseca (2015) e demais autores (GONTIJO, 2007; CARVALHO, 2015;
FARIAS, 2015), trazem em suas pesquisas realizadas pelos programas de pós-graduação
da Universidade de Brasília, sinalizações de como a criatividade no campo da
matemática pode também contribuir nesse sentido, dotando os estudantes de
liberdade para pensar, estimulando terreno fértil para a geração de diferentes
respostas a diferentes problemas a que são postos a prova.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesse sentido, para finalizar a reflexão acerca
da pergunta presente no início deste texto, ensinamos e aprendemos matemática para
nos prepararmos a resolver problemas que são, e serão, apresentados a todos nós
ao longo da vida, cujas implicações podem ser as mais variadas possíveis; para
mais do que apenas calcular, planejar e tomar decisões, atuar no mundo a partir
de um olhar atento a diferentes variáveis que se encontram ao nosso redor; para
ler o mundo e nele estar inserido conscientemente. Afinal, qual a semelhança
entre o dilema do prisioneiro estruturado a partir da teoria dos jogos de Nash
e as delações premiadas que nutrem as presentes manchetes dos noticiários
atuais? Eis um exemplo da matemática presente na solução de problemas que
inicialmente não seriam matemáticos. Assim como esse, muitos outros podem ser
percebidos se olharmos atentamente ao nosso redor e para isso a matemática tem
papel fundamental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">Referências</span></b><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 2.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">CARVALHO, A. T..
Relações entre criatividade, desempenho escolar e clima para criatividade nas
aulas de matemática de estudantes do 5º ano do ensino fundamental. 2015. 132 f</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">. </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">Dissertação (Mestrado
em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">FARIAS,
M. P.. Criatividade em matemática: <span style="letter-spacing: .4pt; mso-bidi-font-weight: bold;">Um modelo preditivo considerando a percepção de alunos do ensino médio
acerca das práticas docentes, a motivação para aprender e o </span>conhecimento
em relação à matemática. 2015. 75 f. Dissertação (Mestrado em Educação) -
Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília.</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">FONSECA, M. G.. Construção e
validação de instrumento de medida de criatividade no campo da matemática para
estudantes concluintes da educação básica. 2015. 104 f. Dissertação (Mestrado
em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília.</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">GONTIJO, C. H. Relações
entre Criatividade, Criatividade em Matemática e Motivação em Matemática de
Alunos do Ensino Médio. 2007. 194f. Tese (Doutorado em Psicologia) –
Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília, Brasília/DF, 2007.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">KANHAI, A., SINGH, B.. Some environmental and
attitudinal characteristics as predictors of mathematical creativity. In: International Journal of Mathematical Education in Science & Technology, p. 327-337, 2017.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 2.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">OECD</span><span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">. </span><span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">Pisa 2012
Results: Creative Problem Solving: Students' Skills in Tackling Real-Life
Problems</span><span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">. Volume V, 2014.</span><span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 2.45pt; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">P21
– Partnership for 21<sup>st</sup> Century Learning. <i>Framework for 21st Century Learning</i>, 2016. </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">Disponível em <
http://www.p21.org/storage/documents/docs/P21_framework_0816.pdf>. </span><span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">Acesso em 8 mai. 2017.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: widow-orphan; text-align: justify; text-autospace: none;">
<span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">SCHOENFELD, A. H.
Reflections on Problem Solving Theory and Practice. The Mathematics Enthusiast,
V. 10, nº 1 e 2, pp.9-34, jan. 2013<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">STERNBERG,
R. J. <i>The Nature of Creativity.
Creativity Research Journal</i>, V. 18, n. 1, 87–98, 2006.</span><span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 12.0pt; text-align: justify;">
<span lang="EN-AU" style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">UNESCO. Road map for arts education: The world
conference on arts education – Building creative capacities for the 21<sup>st</sup>
century. </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;">Disponível
em: <
http://www.unesco.org/fileadmin/multimedia/HQ/CLT/CLT/pdf/Arts_Edu_RoadMap_en.pdf>.
Acesso em 16 jun. 2017. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6pt; text-align: right;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 6pt; text-align: right;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt;"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">Prof. Me. Mateus Gianni Fonseca</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Instituto Federal de Brasília – <i>Campus</i>
Ceilândia<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-37556258128949851172017-05-29T07:31:00.000-07:002017-05-29T07:31:06.433-07:00Texto 4 - Blog Nova Paideia<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> O Grupo Nova Paideia tem o orgulho de publicar
mais uma contribuição mensal referente a esse mês de maio. Trata-se de texto elaborado em parceria pela professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Brasília, Mestra em Educação pela UnB, Cláudia Luiza Marques e da professora da Universidade de Brasília, Doutora em Ciências da Educação pela UNED, Amaralina Miranda de Souza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> O
texto intitulado como “O uso das TIC na inclusão dos estudantes com
necessidades educacionais especiais” traz contribuições significativas e que
provocam nossa reflexão sobre o potencial do uso das tecnologias em face do
processo de aprendizagem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Reitero
o convite a todos para que possam realizar uma leitura aprofundada de modo a
refletirmos e debatermos via comentários deste Blog. Afinal, é este o propósito
deste Blog: Um espaço de debate qualificado que impulsione nossas ideias no
campo da educação.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt;"> Estejam
sempre convidados a produzirem textos para nossas próximas publicações. Mande
um e-mail com sua proposta para blognovapaideia@gmail.com.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-47819647470651674472017-05-29T07:29:00.000-07:002017-05-29T07:29:23.605-07:00O uso das TIC na inclusão dos estudantes com necessidades educacionais especiais<div class="Default" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<div class="WordSection1">
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: TimesNewRoman;">A sociedade, em permanente
transformação, é marcada por mudanças científicas, tecnológicas, econômicas,
políticas, sociais e culturais, colocando em evidência a influência das </span><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial;">Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) </span><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: TimesNewRoman;">como um
dos elementos responsáveis pelas alterações observadas nos processos sociais e,
principalmente, educacionais. </span><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial;">Para Moran (2008), a expansão do mundo digital está
provocando mudanças significativas na educação, interferindo nas metodologias
utilizadas em sala de aula. Para o autor, as tecnologias estão evoluindo mais
que a cultura.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Leite
et al. (2000) ressaltam que esse momento de transição é reflexo do
desenvolvimento das TIC que aceleram a mudança de comportamento em função da
linguagem que utilizam. Para os autores, as tecnologias estão eliminando as
fronteiras físicas e temporais, favorecendo a troca e circulação de
informações, ideias, negócios, emergindo assim a globalização das sociedades e
da economia com a imperiosa necessidade da competitividade baseada na
qualidade, na busca de mercados consumidores, num mundo sem fronteiras.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A
denominação Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) abrange o conjunto de
recursos tecnológicos que propiciam agilidade no processo de comunicação,
transmissão e distribuição de informações, notícias e conhecimentos, ou seja,
as TIC são “o resultado de três grandes vertentes técnicas: a informática, as
telecomunicações e as mídias eletrônicas” (BELLONI, 2005, p. 21). As TIC “são
usadas para reunir, distribuir e compartilhar informações, como por exemplo:
sites da Web, equipamentos de informática (hardware e software), telefonia,
quiosques de informação e balcões de serviços automatizados” (MENDES, 2008).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O que não se pode negar é que as
TIC são elementos constituintes do ambiente de ensino e de aprendizagem.
Acredita-se que elas possam apoiar a aprendizagem de conteúdos e o
desenvolvimento de capacidades específicas, além de permitirem a criação de
espaços de interação, compartilhamento e como facilitadoras do processo
comunicativo. Podem, ainda, funcionar como um elemento motivador e facilitador
no processo de ensino e de aprendizagem em turmas com alunos com necessidades
educacionais especiais (PAIVA, 2011).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Acredita-se,
enfim, que o uso das TIC pode melhorar a ação pedagógica, principalmente em
turmas com alunos com necessidades educacionais especiais, já que inserem novos
dispositivos que facilitam e dinamizam o processo de ensino aprendizagem.
Contudo a maioria dos professores não se sentem preparados para utilizar as
tecnologias em suas aulas. É importante salientar que a utilização das TIC no
processo de ensino e de aprendizagem não se limita aos conhecimentos das
técnicas informáticas. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É
preciso que sua utilização esteja aliada à criação de condições para o
professor e o aluno se apropriarem de conceitos e habilidades que estejam
relacionados a um determinado conteúdo pedagógico e contexto sociocultural.
Dessa forma, não basta utilizar novas tecnologias educativas sem transformações
nas práticas pedagógicas, o que deve acarretar mudanças tanto nas concepções de
conhecimento e aprendizagem, como nos papeis do aluno e do professor no
processo de ensino–aprendizagem (SIQUEIRA, 2013, p. 207).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Neste estudo, foram recolhidas
diferentes opiniões de alguns docentes e estudantes do campus Gama, do Instituto
Federal de Brasília (IFB), através de questões aplicadas por questionários via <i>google drive</i>. <span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial;">Os dados obtidos foram
analisados e, após essa fase, obtiveram-se como conclusões: a constatação da
importância e da eficácia da utilização das TIC no processo de ensino e de
aprendizagem dos alunos com necessidades educacionais especiais; as TIC
consideradas como recurso para uma intervenção pedagógica diferenciada; os
conhecimentos e competências dos docentes adquiridos no uso delas; e o
desempenho com visível melhora dos alunos a partir do uso das TIC em sala de
aula. </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial;">O objetivo
geral da pesquisa foi o de identificar as possibilidades e as dificuldades
encontradas no uso das TIC em turmas com estudantes com necessidades
educacionais especiais na educação profissional,</span><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-language: PT-BR;"> n</span><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-language: PT-BR;">o
Instituto Federal de Brasília (IFB). </span><span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial;">E, ainda, conhecer e avaliar as ferramentas utilizadas
no desenvolvimento das competências destes estudantes. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="Default" style="line-height: 150%; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nesta pesquisa, de abordagem qualitativa foi
utilizado o estudo de caso. A abordagem qualitativa está sendo muito utilizada
como metodologia de pesquisa em educação e é a que melhor exprime a
complexidade e a dinâmica dos fenômenos sociais e humanos. Já o estudo de caso,
segundo Yin (2004), investiga um fenômeno moderno dentro de seu contexto real. E, a este
respeito, BOGDAN e BIKLEN (1994, p. 89) afirmam ainda que<span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial; mso-fareast-font-family: Arial;">:</span> “O estudo de
caso consiste na observação detalhada de um contexto, ou indivíduo, de uma
única fonte e documentos ou de um acontecimento específico.”<span style="color: windowtext; mso-bidi-font-family: Arial;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Para a
coleta de informações, optou-se pela utilização de um questionário misto
(questões fechadas e abertas), disponibilizados em formulário, através do <i>google
docs</i>, e de uma entrevista semiestruturadas que foram aplicados aos
professores e estudantes d</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">o Instituto Federal de Brasília (IFB).</span> <span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Utilizar
o questionário como instrumento de coleta de dados proporciona inúmeras
vantagens quando se deseja atingir uma amostra maior da população. No
questionário misto foram incluídas questões fechadas, em que o sujeito
pesquisado escolheu sua resposta a partir de um conjunto de categorias. As questões abertas, foram elaboradas com o
intuito de comportar respostas subjetivas e que deram condições ao sujeito
pesquisado de discorrer espontaneamente, sem limitações e com linguagem
própria, favorecendo aos respondentes emitir sua própria opinião e posição a
respeito de cada uma das questões. Na seleção das questões para a montagem do
questionário baseou-se nos objetivos da pesquisa abrangendo questões ligadas à
caracterização dos sujeitos da pesquisa.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Foi
realizada também uma revisão bibliográfica em que se buscaram informações sobre
o tema a partir de livros; artigos publicados em sítios eletrônicos; revistas;
etc., para que se pudesse obter a sustentação teórica necessária para análise
das informações obtidas e a discussão dos resultados encontrados. </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Após a coleta de
informações, a fase seguinte foi de sistematização e organização das
informações obtidas, a fim de analisá-las, com a atenção especial porque a
análise das informações deve mostrar ao pesquisador a situação real do objeto
do seu estudo. </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">As
questões de múltipla escolha do questionário levantaram informações acerca do
perfil dos entrevistados; tipo de experiência no uso das tecnologias;
confirmando, deste modo, a pretensa heterogeneidade da amostra quando da
utilização deste tipo de instrumento. </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">As
informações</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> fornecidas pelos questionários aplicados nas questões
abertas convergiram eletronicamente para um relatório para que o trabalho de
classificação e categorização dos dados fosse realizado após o preenchimento
pelos pesquisados. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Os dados
das questões fechadas foram submetidos a tratamento</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">estatístico
simples por meio do programa <i>SPSS for Windows,</i> Versão 10.05.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Foram
tabulados e extraídos as frequências e percentuais que traduzissem</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">numericamente
os resultados a fim de serem percebidas as intenções reveladas</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">pelos
sujeitos.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">A categorização das informações
permitiu sua apresentação em tabelas, a partir da síntese dos argumentos
apresentados pelos professores e das percepções dos estudantes. </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">“A maioria dos procedimentos de análise
organiza-se em redor de um processo de categorização” (Bardin, 2000, p. 07). </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Essa forma de apresentação das informações isto é,
partindo-se da análise da recorrência dos aspectos verificados na
categorização, permitiu uma melhor abrangência das respostas e a extração
daquilo que era mais relevante para discussão nesse texto, dentro dos objetivos
propostos. </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">A
aplicação criteriosa de todas as fases descritas teve por objetivo obter uma
síntese sobre os resultados obtidos em cada uma das questões específicas do
questionário da pesquisa.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O
instrumento principal de coleta de dados foi o questionário, que foi enviado a
12 professores e a 80 alunos da educação profissional. Os resultados indicam
que todos os professores possuem o Ensino Superior completo, e, no seu
conjunto, ministram aulas nos cursos técnicos subsequentes; Tecnólogos e a
maioria também para o Ensino Médio Integrado. Os estudantes são de turmas que
têm algum estudante com necessidade educacional especial. As turmas são de
cursos técnicos subsequentes e ensino médio integrado. A faixa etária varia de
14 a 30 anos. Esses alunos são do turno diurno.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Serão
apresentadas, a seguir, algumas questões e respostas dos questionários.
Questionados os professores se “eles
utilizam alguma tecnologia em sua aula”.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">(Pergunta
5). Dos sujeitos entrevistados 51,6% afirmaram que sim e</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">46,8%
responderam não. Apenas um sujeito não respondeu. Esses dados</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">mostraram
que embora mais da metade dos professores utilize alguma tecnologia em aula,
uma significativa parcela dos sujeitos consultados ainda não o faz.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> Aos
professores foi questionado como as tecnologias seriam utilizadas com
estudantes com necessidades educacionais especiais. A questão colocada trouxe
para a discussão a falta de informações sobre o conhecimento dos dispositivos
que o instituto tem a oferecer. Para um dos professores:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Tenho uma aluna no curso técnico que tem muita
dificuldade na escrita por causa de coordenação motora. Ela não escreve bem e
quando o faz não se lê. Se houvesse o recurso, me disseram que há, mas não
tenho conhecimento. Se houvesse um computador só para ela ou uma monitora para
ajudar, para mexer no computador e escrever para ela. Porque durante a aula não
temos tempo para dar esse apoio e muitas vezes nem sabemos como fazer. Eu acho
se tivesse alguém o tempo todo ajudando ela se sairia melhor. (RESPOSTA
QUESTIONÁRIO 1 – PROFESSOR)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">De acordo com os depoimentos dos professores relativos à influência
positiva do uso do computador, em geral deve-se ao a presença das TIC no
contexto da sociedade atual. Os aspectos positivos indicados pelos professores
pesquisados passa a noção das possibilidades de uso como vantagem, benefício e
contribuição.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para Cox (2003, p.9 – p.35) “A presença das máquinas de processamento
nos mais diferentes locais de ação humana é uma realidade incontestável”. Por
sua vez, as possibilidades de uso também. Ainda de acordo com a autora, “[...]
pode-se afirmar que o número de formas de uso dos computadores tem seu limite
nas fronteiras da capacidade criadora do homem”. Neste sentido justificam-se os
depoimentos dos professores da pesquisa ao citarem as influências positivas do
uso do computador<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Aos estudantes foi perguntado como eles percebem o uso das
tecnologias no sentido de favorecer a inclusão no IFB. Um estudante respondeu:</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm;">
<span style="font-size: 10pt;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O uso das tecnologias ajuda e muito a gente que tem
deficiência. Acho que a gente deveria usar mais a sala de informática. Lá eu
aprendo melhor. Mas nem todo professor usa. Sei que tem uns programas novos,
mas ainda não foram instalados. Mas eu acho sim que as tecnologias ajudam a pessoa
com deficiência aprender melhor. (RESPOSTA QUESTIONÁRIO 2 – Estudante)<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt 4cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Como
resultados da pesquisa, destacam-se, além da constatação dos avanços e
conquistas verificados no processo de apropriação das TIC no IFB, também as
dificuldades e obstáculos encontrados nesse processo pelos professores que
responderam ao questionário, bem como dos estudantes. Os registros dos
professores sinalizam também para a falta de políticas públicas que favoreçam
uma maior agilidade e eficácia no processo de apropriação e uso das TIC,
necessária para a inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais
especiais.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Compreender
a relevância do uso das TIC como recurso facilitador do processo de ensino e de
aprendizagem, como elemento importante para a formação profissional dos
estudantes pode trazer contribuições para orientar uma nova organização dos
espaços educativos, apontando para a necessidade de se considerar a diversidade
como princípio natural e fundamental da condição humana. Nesse sentido, as
pessoas com necessidades educacionais especiais podem e devem ser consideradas
sujeitos, com potenciais, capazes de aprender e se formarem profissionais
competentes para se inserirem naturalmente no mercado de trabalho.<b><span style="color: #00b0f0;"> </span></b>Como nos aponta Moran(2008:47): “com a
flexibilidade de organização do ensino e aprendizagem que as tecnologias
possibilitam o currículo também pode ser<b><span style="color: #00b0f0;"> </span></b>muito
mais adequado a cada aluno.”<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="color: #00b0f0; font-size: 12pt; line-height: 150%;"> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">Espera-se, portanto, que os resultados
apresentados por este estudo possam contribuir para a melhoria do processo de
ensino e aprendizagem na educação profissional, com vistas a oferta de uma
efetiva formação de todos os seus estudantes, independentemente das suas demandas
educacionais, para a garantia de seus direitos e para sua real inserção social.</span><span style="color: #00b0f0; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">REFERÊNCIAS<o:p></o:p></span></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">BARDIN,
L. <i>Análise de conteúdo. </i>Lisboa: Edições 70, 2000.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">BELLONI,
Maria L. <i>Educação a distância</i><b>.</b> Campinas, São Paulo: Associados,
2005.</span><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">BOGDAN,
R. et BIKLEN, S. <i>Investigação Qualitativa em Educação: uma introdução à teoria e
aos métodos. </i>Coleção ciências da Educação. Porto: Porto Editora, 1994.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">BRASIL.
<i>Lei n.º 11.892, de 29 de dezembro de
2008.</i> Institui a rede federal de educação profissional, científica e
tecnológica, cria os institutos federais de educação, ciência e tecnologia, e
dá outras providências. Brasília: MEC/SETEC, 2008.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">COX.
K.C. <i>Informática na Educação escolar.</i>
Campinas: Autores Associados, 2008.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">LEITE.
et al. <i>Tecnología Educacional: Mitos e
Posibilidades na Sociedade Tecnológica. </i>Revista Tecnologia Educacional, ano
XXVII, n. 148. Jan/Fev/Mar/2000. p.38-41.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">MORAN, J.
M. As muitas inclusões necessárias na educação. In: RAIÇA, Darcy (Org.). <i>Tecnologias
para a educação inclusiva.</i> São Paulo: AVERCAMP, 2008. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">____. <i>Os novos espaços de atuação do professor com
as tecnologias.</i> Revista Diálogo Educacional, Curitiba: Quadrimestral, 2004.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">____. <i>Os novos espaços de atuação do professor com
as tecnologias.</i> In: ROMANOWSKI et al. (Org.). Conhecimento local e
conhecimento universal: diversidade, mídias e tecnologias na educação.
Curitiba: Champagnat, 2004.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">PAIVA,
A. G. <i>O uso das novas tecnologias em
turmas inclusivas.</i><b> </b></span><span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;">São
Paulo: Quimera, 2011.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">SIQUEIRA, J. C. <i>O uso das TIC na Formação de Professores.</i><b> </b>Disponível em
https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/article/viewFile/1649/1476.
Acesso em 22 mai. 2017.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">YIN, R.
K. </span><i style="font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;">Estudo de Caso: Planejamento e
Métodos.</i><span style="font-size: 12pt; text-indent: 35.45pt;"> São Paulo: Bookman, 2004.</span></span></div>
</div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 150%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br clear="all" style="mso-break-type: section-break; page-break-before: always;" /></span></span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span>
</span><br />
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Profª. Ma. Cláudia Luiza Marques</span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - <i>Campus</i> Gama</span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></span>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Profª Dra. Amaralina Miranda de Souza</span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;"><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Universidade de Brasília</span></span><br />
<br /></div>
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-59714592102154714972017-04-28T04:56:00.001-07:002017-04-28T04:56:21.624-07:00Texto 3 - Blog Nova Paideia<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
com alegria que, neste mês de abril, o Grupo Nova Paideia disponibiliza mais
uma das grandes colaborações que tem recebido mensalmente com o intuito de estimular a
reflexão no campo da educação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Rosa
Amélia Pereira da Silva, Doutora em “Literatura e Práticas Sociais” pela
Universidade de Brasília – UnB e professora do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB, é a autora deste mês e a reflexão que
propõe está em uma obra argumentativa na seara do letramento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Trata-se
de texto intitulado por “Letramento e Educação” e cujo propósito é estimular a
reflexão sobre o tema, destacando que que a função de letrar não se resume
apenas ao professor de língua portuguesa. Belos argumentos são trazidos à
baila.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como
em todos os meses, estejamos convidados para a realização de uma leitura
aprofundada de modo a refletir e debatermos via os comentários deste Blog.
Afinal, é este o propósito deste Blog: Um espaço de debate qualificado que
impulsione nossas ideias no campo da educação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estejam
também convidados a produzirem textos para nossas próximas publicações. Mande
um e-mail com sua proposta para blognovapaideia@gmail.com.<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-33104671468894097502017-04-28T04:56:00.000-07:002017-04-28T07:59:59.287-07:00LETRAMENTO E EDUCAÇÃO<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
ambiente de Educação, a ação de letrar e as preocupações com o letramento têm
ganhado relevância, uma vez que, cada vez mais, tem-se compreendido que a pedagogia
centrada no letramento ultrapassa os limites da alfabetização e ganha corpo nas
diversas áreas do conhecimento. Para Magda Soares (2000), o letramento consiste
na condição que o sujeito apresenta de atuar nas práticas sociais por meio da
leitura e da escrita. Claro e evidente que para tanto o sujeito precisa ser
alfabetizado, precisa aprender um código linguístico, precisa dominar a
codificação da fala e elaborar a decodificação da escrita; mas o letramento não
se resume a isso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
professor alfabetizador, com certeza, é a base fundamental para o
desenvolvimento do letramento dentro do contexto escolar. Contudo, vale
lembrar, se não houver um trabalho consistente em relação à leitura enquanto
processo de interpretação, em que se pressupõem a (de)codificação, o
entendimento, a compreensão, a interpretação, a generalização do que se lê, o
processo de alfabetização não garante o desenvolvimento do letramento. Nesse
sentido, muitas vezes, as atividades relacionadas ao letramento e suas
responsabilidades ficam restritas ao trabalho desenvolvido pelo professor da
área de linguagem, especificamente o de Língua Portuguesa. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Observa-se,
no entanto, que letrar não é competência apenas do professor alfabetizador,
muito menos se restringe às atividades relacionadas ao estudo da linguagem. Letrar
ultrapassa todas as ações realizadas por esses dois profissionais, uma vez que
o primeiro alfabetiza – ensina o código – e o outro trabalha questões de
leitura e interpretação muito restritas ao campo da linguagem e da arte
literária. E é impossível para o professor de Língua trabalhar questões de
leitura e interpretação em todos os campos do conhecimento. Ele pode até
tentar; mas é, praticamente, inconcebível que isso se realize em função de uma
série de questões, que passam, inclusive, pela formação do referido
profissional. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Qualquer
professor, inclusive os de área específica ou de área técnica, pode e deve trabalhar
para a composição do letramento dos estudantes. Na escola, ouve-se muito que o
estudante não sabe isso ou aquilo, sendo que esse isso ou aquilo são
pré-requisito para se avançar; na escola, observa-se muito a busca de
responsabilidades pelos insucessos dos alunos; contudo também há bastante
inércia no que se refere às práticas docentes relacionadas aos processos de
ensino e de aprendizagem. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
que fazer diante de um cenário em que os estudantes foram alfabetizados, mas
não foram letrados? Diante dessa pergunta, vale destacar também que o
letramento é processo e não se finda nunca. Qualquer pessoa que se mantém
envolvida em processos de leitura e de escrita na sociedade permanece em
contínuo processo de letramento, ou seja, permanece sempre aprendendo algo novo
a partir da leitura e a respeito da escrita. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Voltando
à pergunta anterior, para respondê-la, talvez seja necessário pensar que, se os
alunos já foram alfabetizados, mas seguiram para séries mais avançadas sem
desenvolver as competências de leitura e de escrita, os professores, de um modo
geral, devem desenvolver atividades de leitura e de escrita a partir das quais
possa se promover o letramento relacionado às suas áreas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Isso
parece ser interessante, uma vez que se o professor de Ciências trabalha a
leitura e a escrita, ele vai explorar questões específicas do letramento nessa
área; se os professores de História e de Geografia atuam da mesma forma, há a
possibilidade de se desenvolver o letramento também nessas áreas; se o
professor de Matemática, de Física e de Química também atuam contemplando a
prática da leitura e da escrita, com certeza, estarão trabalhando para o
desenvolvimento do letramento. Da mesma forma, pode se pensar nos professores
das áreas específicas (agricultura, pecuária, agroecologia, indústria,
alimentação, produção moveleira, meio ambiente, engenharia, gastronomia,
tecnologia da informação, informática, mecânica etc.), os quais podem trabalhar
de modo a promover a prática da leitura e da escrita de acordo com as
necessidades acadêmicas e profissionais de cada setor de atuação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
isso acontecer, tais professores devem sair da postura de meros expositores de
informação, para promover atividades que envolvam os estudantes como
coprodutores e sujeitos capazes de pensar sobre o que leem e o que escrevem,
capazes de refletir acerca do conteúdo sobre o qual leem e sobre o qual
precisam escrever, devem entender a necessidade da escrita na elevação do
conhecimento dos estudantes, devem trabalhar para ampliar o conhecimento deles
a partir de atividades letradoras e não meramente repetidoras e mecânicas,
como, costumeiramente, acontece.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Dito
dessa forma, parece bastante fácil transformar as ações educativas no sentido
de promover o letramento. Entretanto sabemos que não é tão simples, uma vez que
vem se repetindo um modelo de ensino-aprendizagem bastante tradicional e no
qual se acredita, em muitas situações, ser a melhor forma de promover a
aprendizagem do aluno, de educá-lo e de ensiná-lo. Sabe-se que nem sempre somos
bem-sucedidos. Falhamos enquanto professores letradores, basta observar o
quanto de alunos temos, nas nossas escolas, com dificuldades de ler e de escrever
textos nas diversas áreas do conhecimento e a partir das inúmeras situações
sociais em que estão inseridos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O
que fazer então diante dessa consciência? Abandonar todos os métodos
tradicionais e buscar práticas inovadoras centradas sobretudo na tecnologia? Dar
aulas show usando os recursos da tecnologia para possibilitar um falso
envolvimento do aluno nas estratégias de aprendizagem? Não. Nesse último caso,
é salutar ressaltar que o uso de alguns recursos tecnológicos não muda a
prática docente. Ela, como se pode observar, continua expositiva. Talvez seja
mais pirotécnica a depender dos recursos que se usam, por exemplo, recursos
audiovisuais – como Datashow ou Vídeo-aulas – que, cada vez mais, colocam o
estudante como mero expectador de aulas das quais ele não participa ativamente.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
necessário que o professor seja crítico em relação à sua prática, capaz de
refletir sobre os modos como ensina e sobre os modos como se aprende. Aprender
hoje é diferente de aprender como se aprendia no passado, devido a diversos
fatores, entre eles o excesso de informação a que se tem a dispor. Tal excesso
de informação acaba por eliminar as fronteiras entre as áreas do conhecimento.
Associado a isso ainda temos o fato de que a tecnologia contribui para o
hibridismo dos textos que marcam a necessidade de uma articulação muito maior
para a compreensão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesse
sentido, o professor, além de ter uma postura reflexiva acerca da forma como
ensina, deve valorizar estas questões relacionadas às fronteiras do
conhecimento e deve pôr-se em constante processo de formação. Sendo o
conhecimento sem fronteiras, as formas de aprender e de ensinar também o são.
Tal afirmativa não vale somente para o aluno, vale também para o professor, que
deve deixar a atitude de detentor e transmissor e colocar-se numa postura de
mediador na construção do conhecimento. Nesse sentido, ele, ao ensinar,
aprender e; ao aprender, é capaz de ensinar com mais sucesso. O professor que
se coloca na posição de constante aprendiz é capaz de, mais rapidamente, se
colocar na posição do estudante.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Para
concluir, considerando tal contexto em que se situam aluno e professor,
observa-se que a aprendizagem se constitui pela mediação, em que o planejamento
do professor, a orientação de estudo e de trabalho possam promover atividades
de leitura, de escrita e de resolução de problemas/questões que façam sentido
para a vida do estudante. Mais importante que transmitir o conhecimento, é
primoroso que o professor consiga mediar a construção do conhecimento, porque,
dessa forma, ele trabalha tanto os conteúdos específicos de sua área, quanto as
habilidades de leitura, de escrita, a autonomia, a capacidade de articulação e de
generalização. Nesse sentido, o trabalho do professor não está circunscrito aos
conteúdos de sua área, mas desenvolve o letramento numa perspectiva mais
abrangente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Profa. Dra. Rosa Amélia
Pereira da Silva<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">
</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: 115%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Instituto Federal de
Brasília – <i>Campus</i> Brasília<o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-21445513105330314762017-03-21T10:17:00.000-07:002017-03-21T10:52:27.598-07:00Texto 2 - Blog Nova Paideia<div style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
Neste mês de março de 2017, o Grupo Nova
Paideia tem a satisfação em trazer mais um texto, de cunho argumentativo, para
nutrir discussões e promover reflexões referentes ao campo da educação.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
O texto apresentado nessa
oportunidade é de autoria da Professora Mara Lúcia Castilho, Doutora em
Linguística pela Universidade de Brasília - UnB e Docente do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília - IFB.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
Trata-se de uma reflexão
acerca da avaliação da educação superior no Brasil, intitulado por "Avaliação da Educação Superior no Brasil nas últimas duas décadas: a permanência do Estado Avaliador na busca incessante por qualidade". <o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
Estejam todos convidados à leitura
aprofundada, bem como a participar do debate via comentários do blog... Afinal,
é sempre importante e enriquecedor que possamos promover um debate qualificado.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
Estejam também convidados a produzirem
textos para nossas próximas publicações. Mande um e-mail com sua proposta para
blognovapaideia@gmail.com.<o:p></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: start;">
<br /></div>
<br />
<div style="line-height: 150%; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: start; text-indent: 35.4pt;">
Boa leitura a todos!<o:p></o:p><br />
<br />
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-44427469246274583422017-03-21T10:05:00.002-07:002017-03-21T10:47:38.174-07:00Avaliação da Educação Superior no Brasil nas últimas duas décadas: a permanência do Estado Avaliador na busca incessante por qualidade <div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: justify; text-autospace: none; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Este texto tem como objetivo trazer
uma breve retrospectiva sobre o processo de avaliação da educação superior no
Brasil nas últimas duas décadas a fim de fazer uma reflexão sobre a
continuidade da busca pela qualidade. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
década de 1990, no Brasil, foi marcada pela implantação da cultura de avaliação
da qualidade das instituições de ensino com base nos princípios neoliberais,
fundamentada em resultados e <i>rankings</i>,
configurando-se, assim, o Estado Avaliador. Em 1993, foi implantado o Programa
de Avaliação Institucional (PAIUB) voltado para as instituições públicas e
tinha como objetivo aperfeiçoar o desempenho acadêmico dessas instituições a
fim de prestar contas à sociedade. A ideia era que esse programa fosse uma
ferramenta para o planejamento e a gestão da educação superior pública. Por motivos
diversos, logo foi descontinuado. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Poucos
anos mais tarde, com as reformas educacionais de 1996, foi iniciado, pela
Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC), o
processo avaliativo periódico, relacionado à regulação de cursos, com base na
Portaria 181/96, em substituição ao trabalho realizado, até então, pelo Conselho
Federal de Educação (CFE). Um ano mais tarde, esta foi substituída pela
Portaria 641/97 que elencava os elementos mínimos necessários para organização
dos projetos pedagógicos dos cursos e, a partir destes, organizada a avaliação
das condições mínimas para autorização de novos cursos em faculdades
integradas, faculdades, institutos superiores ou escolas superiores. Nessa
mesma época, esses parâmetros começaram a ser utilizados para a avaliação de
renovação de reconhecimento de cursos a partir dos resultados do Exame Nacional
de Cursos (ENC). Essas avaliações eram, a princípio, voltadas para as
instituições privadas e realizadas por Comissões Verificadoras (CV) organizadas
pela SESu a partir de seu corpo de consultores, geralmente professores provenientes
de universidades federais, indicados sem critérios públicos de seleção. A ideia
desse processo regulatório foi instituída, então, há pelo menos 20 anos e, com
ele, o Estado tem buscado estabelecer indicadores para atestar a ‘qualidade’
das instituições de ensino. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesse
sentido, as políticas de controle e avaliação da educação superior, até o final
de 2001, tinham cunho de aferição da qualidade do ensino e de prestação de
contas à sociedade a fim de se justificar a necessidade de investimentos,
principalmente nas universidades públicas. Dessa forma, a ideia de privatização da educação superior e da expansão do mercado educacional privado era notória, sempre fundamentada na lógica empresarial, estabelecendo-se, assim, uma relação entre os resultados das avaliações e a eficácia e eficiência dessas 'empresas' a partir dos 'padrões de qualidade' alcançados nas avaliações. A diferença entre os serviços ofertados por essas instituições era um elemento importante e, consequentemente, o ranking entre elas inerante a esse processo. Nessa época, além das visitas de avaliação in loco pelas CV, o Exame Nacional de Cursos (Provão) era realizado anualmente, aplicado aos concluintes dos cursos de todas as áreas do conhecimento e era o instrumento utilizado para ranquear essas instituições de ensino.</span><span style="background: white; font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 36pt;"> De</span><span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12pt; text-indent: 36pt;"> lá para cá, desde a proposta de mudança política do início do
Século, temos vivenciado muitas mudanças, tentativas e erros. Todavia, veremos
que a ideia de controle e de melhoria da qualidade do ensino esteve sempre
presente nesse processo.</span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
2002, um grupo de professores especialistas em avaliação das universidades
federais com experiências diversificadas nessa área e com o PAIUB iniciou os debates
com a comunidade acadêmica para revisar os processos avaliativos com fins regulatórios
e sugerir a implementação de um sistema ou de uma política pública que pudesse
avaliar cursos e instituições integrantes do sistema federal de ensino por meio
de instrumentos diversificados. Após amplo debate e discussões com a comunidade
acadêmica, em 2004, foi instituído o Sistema Nacional de Avaliação da Educação
Superior (Sinaes), e, com ele, o ENC (Provão) foi extinto e novos instrumentos
de avaliação foram implantados. O Sinaes tem o objetivo de promover o
autoconhecimento das instituições e avaliá-las considerando a diversidade do
sistema. Para tanto, foi composto, inicialmente, por três instrumentos de avaliação: a Avaliação das
Instituições de Educação Superior (avaliação Externa e autoavaliação
institucional), o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), e a
Avaliação dos Cursos de Graduação (ACG). O Enade, diferentemente do Provão, é
aplicado alternadamente nos cursos que compõem seus três ciclos, organizados
por área de conhecimento. Essa nova perspectiva, fundamentada nas concepções
formativa e dinâmica de avaliação, tinha como objetivo conhecer as instituições
de ensino em todas as suas dimensões: ensino, pesquisa, extensão,
infraestrutura, comunicação com a sociedade, financeira, planejamento, gestão e
avaliação, a fim de acompanhar seu ‘desempenho’, conforme artigo 1º da Lei nº
10.861/04. As comissões Próprias de Avaliação (CPA) tomaram força, ficando
responsáveis pela autoavaliação das instituições e passaram a subsidiar os
processos de avaliação externa, juntamente com os demais instrumentos do
sistema. O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
passou a ser responsável pela aplicação dos instrumentos do Sinaes. A intenção
era promover uma visão diferente da existente até então, no sentido de romper
com o modelo aplicado até aquele momento. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nessa
época, depois de debates e de manifestações
de alguns órgãos representativos das instituições privadas de ensino,
alguns de seus professores doutores passaram a integrar as comissões de
avaliação <i>in loco</i>. Mais tarde, foi
implantado procedimento específico para selecionar esses especialistas a partir
de um banco de dados organizado pelo Inep. Esse novo procedimento passou a
aceitar professores mestres e doutores, possivelmente, em razão da demanda de
avaliações, cada vez mais frequentes.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De
acordo com a legislação em vigor, as instituições que não tiverem desempenhos
positivos nas avaliações do Sinaes são acompanhadas pelo MEC e, para não
prejudicar a sociedade, quando isso ocorre, são abertos processos de
supervisão, com intervenções e sanções. Desde sua implantação, o Sinaes não
deixou de lado a noção de subsidiar a melhoria da qualidade das instituições de
ensino e de orientar a expansão do sistema, e, dessa forma, não abandonou por
completo os princípios anteriores à sua existência. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
nova política avaliativa não conteve o crescimento da educação superior privada,
embora algumas sanções tivessem sido aplicadas a algumas instituições, e o
sistema continuava a se expandir. Novas faculdades foram credenciadas e novos
cursos superiores foram abertos, mas, diferentemente das políticas anteriores,
novas instituições públicas iniciaram suas atividades a partir da implementação
de políticas de expansão no âmbito do Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). O Plano Nacional
de Assistência Estudantil (PNAES) teve a função de diminuir a evasão dos
estudantes nessas universidades. Para atender à demanda da sociedade pela
educação superior, todavia, era inegável a necessidade de manutenção e
incentivo às instituições privadas. Com isso, surgiram políticas para
estabelecer parceria entre o público e o privado, como, por exemplo, o Programa
Universidade para Todos (PROUNI). Em 2001, o Fundo de Financiamento do Estudante
do Ensino Superior (FIES), criado em 1999 em substituição do Crédito Educativo,
cujo objetivo é financiar cursos de graduação não gratuitos, foi ampliado e,
desde então, suas regras têm sido, constantemente, alteradas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
expansão do Sistema Federal de Ensino gerou maior volume de instituições e de
cursos a serem avaliados e a com o aumento da demanda do Sinaes, depois de três
anos, seus procedimentos e instrumentos avaliativos começaram a ser revisados.
Em 2008, sem aviso prévio e sem debates com a comunidade, houve mudanças no
Sinaes e instituídos dois novos ‘indicadores de qualidade’ da educação superior:
o conceito Preliminar de Cursos (CPC) e o Índice Geral de Cursos (IGC). A
partir de então, esses conceitos provenientes do Enade tornaram-se os principal
instrumentos regulatórios da educação superior. Com isso, algumas concepções e
diretrizes iniciais do Sinaes tiveram que ser revisadas e, a partir de então,
novos procedimentos começaram a ser adotados e modificados anualmente. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Em
2009, o Enade, antes aplicado a uma amostra de estudantes, passou a ser
censitário. Poucos anos depois, deixou de ser aplicado aos ingressantes dos
cursos e passou a ser realizado somente com a participação dos concluintes. O
conceito dos ingressantes passou a ser calculado a partir da nota dos participantes
do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), diminuindo, assim, os custos com a
aplicação do certame. Em 2014, quando o Sinaes completou dez anos, o balanço do
sistema era positivo no que se refere à quantidade de cursos e instituições
avaliadas. Ao longo dessa década – 2004 a 2014 -, os instrumentos de avaliação
de curso e de instituição passaram por diversas versões e novos ‘indicadores de
qualidade’ foram sendo inseridos nesses instrumentos, justificados pelo
discurso de que se uma porcentagem alta de instituições atinge o conceito
máximo em um indicador, este deve ser substituído por outro(s) a fim de que as
instituições não cessem de promover seu crescimento em busca da ‘qualidade’. Guardadas
suas proporções, o Estado Avaliador não deixou de existir.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-indent: 36pt;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Desde
a implantação do Sinaes, em 2004, a mídia tem promovido o <i>ranking</i> das instituições a partir da publicização dos resultados dos
‘indicadores de qualidade’ da educação superior pelo MEC e as instituições privadas
têm utilizado esses resultados em suas propagandas, não deixando de lado o
caráter competitivo entre essas ‘empresas’. Não há dúvidas de que a ausência de
um sistema de avaliação e acompanhamento poderia ter gerado consequências
graves para educação superior em razão de muitas dessas instituições estarem
preocupadas somente com o lucro e não com o processo de ensino. A regulação e a
supervisão da educação superior trouxeram benefícios ao sistema e essas
instituições buscam aprimorar-se constantemente. Nesse sentido, as instituições
privadas adaptam-se, com frequência, às novas regras, alteradas anualmente
desde 2008, a fim de obter boas ‘notas’ e, assim, evitar supervisão por parte
do MEC. As instituições públicas, também avaliadas pelo sistema, parecem buscar
atender a alguns indicadores do processo regulatório, sem, contudo, considerar
esses resultados para o acompanhamento de suas atividades. <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt;">A mudança política desde
setembro de 2016 tem levantado novas expectativas. Sabe-se que a legislação da
regulação da educação superior está sendo revisada desde dezembro. Resta-nos
aguardar as mudanças, mais uma vez não debatidas e ou compartilhadas com a
comunidade acadêmica, e esperar que o Sinaes não acarrete perdas para a
educação superior.</span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: right; text-autospace: none;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">Mara
Lúcia Castilho<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 36.0pt; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">
</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none; text-align: right; text-autospace: none;">
<em><span style="background: white; mso-bidi-font-weight: bold;">Doutora em</span></em><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; font-family: "times new roman" , serif;"> </span></span><span style="background: white; font-family: "times new roman" , serif;">Linguística pela Universidade de Brasília (UnB)</span><span style="font-family: "times new roman" , serif;"><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-70000670323808438982017-02-19T05:19:00.001-08:002017-02-19T06:48:10.483-08:00Texto 1 - Blog Nova Paideia<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É com imenso prazer que o
Grupo Nova Paideia inicia este ciclo de publicações, afinal, um espaço para um
debate qualificado acerca de assuntos ligados à educação é sempre importante
para nutrir novas ideias e encorajar produções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O primeiro texto trazido ao
debate é escrito pelo Professor Adilson César de Araújo, Doutor em Educação
pela Universidade de Brasília – UnB e atual Pró Reitor de Ensino do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília – IFB. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Trata-se de uma reflexão
acerca da reforma do ensino médio, pela qual é lançada a questão:
mudança ou retrocesso? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estejam todos convidados à
leitura aprofundada, bem como a participar do debate via comentários do blog...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Estejam também convidados a produzirem textos para nossas próximas publicações. Mande um e-mail com sua proposta para blognovapaideia@gmail.com.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Boa leitura a todos!</span><br />
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Mateus
Gianni Fonseca</span></i></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Editor –
Blog Nova Paideia<o:p></o:p></span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6510097866311538268.post-89384785247196376182017-02-19T05:07:00.000-08:002017-02-19T06:47:38.718-08:00Reforma do ensino médio: mudança ou retrocesso?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É consenso na comunidade
educacional a necessidade reformular o ensino médio no Brasil. Todavia, a forma de construção e o teor dessa
mudança exigem acordos e uma ampla pactuação social com os diversos setores
sociais e a comunidade escolar, características que não têm norteado o presente
processo de reforma apresentada pelo governo brasileiro. Nesse cenário, devemos
ficar atentos em relação às justificativas usadas para se decretar uma
“reforma”, via medida provisória, bem como desvelar os seus reais sentidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">O próprio governo anunciou o
caos e proclamou a falência da educação pública para melhor justificar a adoção
de soluções mágicas e salvacionistas vindas de cima. O discurso predominante
ancorou-se na urgência e na inevitabilidade de se mudar o atual quadro dessa
etapa da educação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na justificativa do governo em
torno da urgência da reforma, difundiu-se que a qualidade da educação piorou.
Não por acaso que a MP 746 que trata da reforma do ensino médio foi apresentada
após a divulgação dos resultados do IDEB 2015, com ênfase dada à queda no
rendimento dos estudantes do ensino médio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os resultados foram usados
como justificativa para aligeirar a discussão sobre a reforma. Assim, a
proclamação do caos e a apresentação do ensino médio como uma tragédia nacional
pautaram as manchetes que tiveram destaque na mídia na semana em que os
resultados do IDEB foram divulgados:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Não
vamos fazer de conta que essa tragédia não existe”<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(Mendonça
Filho, Ministro da Educação, Site G1, 08/09/2016<a href="file:///C:/Users/MateusGianni/Downloads/Texto%201%20-%20Blog.docx#_ftn1" name="_ftnref1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">[1]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>)<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“
(...) o modelo faliu, quebrou, não funciona”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(Maria Helena Guimarães,
Secretária Executiva do MEC - EBC, 23/09/2016<a href="file:///C:/Users/MateusGianni/Downloads/Texto%201%20-%20Blog.docx#_ftn2" name="_ftnref2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">[2]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“O
Ensino Médio é o desastre brasileiro, chegamos ao fundo do poço em matemática.
Precisamos de uma mudança urgente”.<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(Mozart
Neves Ramos, Instituto Ayrton Senna, Site G1, 8/9/2016<a href="file:///C:/Users/MateusGianni/Downloads/Texto%201%20-%20Blog.docx#_ftn3" name="_ftnref3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><b><span style="font-size: 12pt; line-height: 107%;">[3]</span></b></span><!--[endif]--></span></a>)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Tudo indica que se usou a
retórica da catástrofe como estratégia política para impor um modelo de reforma
como regime de verdade, negando outras possibilidades de construção de
mudanças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cabe ressaltar que a defesa da
reforma passou a ser um clamor que soou bem aos ouvidos, porque indicou a
possibilidade de movimento, progresso, inovação, além de ter forte apelo
social. Afinal, quem é contra a inovação e o progresso? A impressão que fica é a de que a reforma do
ensino médio no formato apresentado deve ser assumida como um “grito de guerra”
a ser defendido por todos, independentemente das diferentes visões de educação
e de mundo que fazem parte do jogo democrático.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao longo da história da
educação brasileira, as inovações educacionais têm sido impostas de cima para
baixo. As políticas quase sempre são decididas pela ótica da tecnocracia,
envolvendo pequenos grupos, organizações privadas e consultorias
especializadas. Logo, dissimula-se uma crença de que a mudança, a renovação é
uma iniciativa dos “especialistas iluminados”. Esses costumam se esconder no
discurso técnico e científico, com dados e índices que servem para legitimar
mudanças que dizem ser em nome de todos, mas que atendem a interesses
mesquinhos dos grupos dominantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Esse tipo de reforma, que ignora os sujeitos da educação, tende a
fracassar porque costuma ter os seguintes traços característicos: 1) permite
que os professores apenas “palpitem” e
usa a participação como máscara para conseguir o consenso e a adesão aos
modelos de reforma que são previamente definidos por pequenos grupos; 2) avalia
negativamente a escola, seu currículo e professores, o que facilita a adoção de
soluções vindas de cima; 3) desqualifica os professores, com o discurso de que
eles não têm preparo e não compreendem as mudanças contemporâneas,
desrespeitando assim sua história,
trajetória e identidade; 4) questionam a autonomia docente com vistas a uma
maior tutela e controle sobre o seu trabalho; 5) definem a seleção de novos
conteúdos como expressão máxima da função da escola ganhando centralidade a
reforma curricular que ignora outros aspectos relevantes do processo educativo.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nesse cenário de reforma pelo
alto e que subordina a educação aos interesses exclusivos do mercado, a
educação passa a ter como objetivo principal a obsessão por atingir metas,
estimulando-se assim um processo educativo centrado na cultura da performance:
simulados, <i>rankings</i>, índices, provas
e bônus por produtividade que induzem a uma lógica de disputa entre os pares e
comparações entre escolas. As tabelas
passam a refletir um modelo de educação baseado em resultados de provas, com critérios
de avaliação que se dizem objetivos e generalizáveis, mas que muitas vezes
estão descontextualizados da realidade social em que a escola está inserida. A
qualidade da educação é reduzida a índices alcançados em testes de rendimento,
gerando uma esquizofrenia de valores no interior do processo educativo. Desse
modo, as escolas que não têm bons resultados incorporam um sentimento de culpa
individualizada pela “queda da qualidade”, sendo vistas como incompetentes pela
sociedade por não atingirem as metas previamente estabelecidas pelo poder
central.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como a lógica dessas mudanças
visa à diminuição dos gastos com a educação, esse modelo de reforma tende a
ignorar outros aspectos importantes do processo educativo: financiamento que
garanta uma boa estrutura física para a escola,
acervo de biblioteca, a existência de laboratórios, quadras esportivas
adequadas; valorização profissional com plano de carreira atraente; a relação professor/aluno; o custo aluno-qualidade;
a efetivação da gestão democrática; a construção de políticas educacionais
pactuadas com as escolas; a política de assistência estudantil visando à
permanência e ao êxito escolar; as boas condições de trabalho e a avaliação
global das práticas educativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A educação é um assunto de
interesse público, sendo assim uma verdadeira reforma dever ser fruto de uma
construção coletiva com a participação direta dos estudantes, dos educadores e
de todos os sujeitos interessados na melhoria da qualidade educacional. Assim
sendo, precisamos de uma verdadeira e ampla reforma da educação que considere a
complexidade do processo educativo, uma reforma que seja fruto da pactuação
social, em que os sujeitos da escola participem ativamente de sua
construção. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Adilson
Cesar de Araujo<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">
</span></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
<i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 10.0pt;">Doutor em
Educação pela FE/UnB<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div>
<!--[if !supportFootnotes]--><br clear="all" />
<hr align="left" size="1" width="33%" />
<!--[endif]-->
<br />
<div id="ftn1">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/MateusGianni/Downloads/Texto%201%20-%20Blog.docx#_ftnref1" name="_ftn1" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">[1]</span></span><!--[endif]--></span></a> http://g1.globo.com/educacao/noticia/ideb-no-ensino-medio-fica-abaixo-da-meta-nas-escolas-do-brasil.ghtml.
Acesso em 19 fev. 17.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn2">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/MateusGianni/Downloads/Texto%201%20-%20Blog.docx#_ftnref2" name="_ftn2" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">[2]</span></span><!--[endif]--></span></a> http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-09/mec-falencia-do-ensino-medio-impos-urgencia-de-reforma-por-medida.
Acesso em 19 fev. 17.<o:p></o:p></div>
</div>
<div id="ftn3">
<div class="MsoFootnoteText">
<a href="file:///C:/Users/MateusGianni/Downloads/Texto%201%20-%20Blog.docx#_ftnref3" name="_ftn3" title=""><span class="MsoFootnoteReference"><!--[if !supportFootnotes]--><span class="MsoFootnoteReference"><span style="font-family: "calibri" , sans-serif; font-size: 10.0pt; line-height: 107%;">[3]</span></span><!--[endif]--></span></a> http://g1.globo.com/educacao/noticia/especialistas-alertam-que-ideb-e-insuficiente-para-avaliar-ensino-no-pais.ghtml.
Acesso em 19 fev. 17.<o:p></o:p></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0